Uma distância amazônica da realidade

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Após alguns dias no Pará, acompanhando uma equipe da Associação Vaga Lume pelas escolas ribeirinhas da região de Portel, voltei relativizando as certezas que eventualmente publico aqui nesse espaço. Mas afinal, qual é a importância da fala de Paulo Betti num jantarzinho de maganos? Também nesse meio tempo, li um livrete de Deepak Chopra. Caiu nas minhas mãos contendo ensinamentos para uma vida elevada: não julgar, não perder tempo defendendo opiniões.
A vida heróica dos professores da amazônia e a altitude espiritual do sábio indiano têm muito a dizer. O problema é voltar a ler os jornais.
De volta ao computador tomo conhecimento da carta do Fernando Henrique, das palavras descuidadas de Bento XVI, das peraltices do baixo clero petista. Quanto enfado! Não estivesse eu na Amazônia, teria comentado esses assuntos. Passaram-se nem duas semanas e eu os perdi. E esse sítio ficou desatualizado, com a sottise de Betti estampada, entrincheirada como se estivesse em guerra contra ele. Não estou.
Li igualmente um despacho interessante no sítio de Renato Cruz: “Como deixar de criar um blog”. Citando o site WikiHow – como citam os blogs! – ironiza a blogosfera. “É perfeitamente correto e respeitável não ter um blog”. De fato. Estaremos todos perdendo tempo com a bobagem da vida nacional. Blogs são como conversas de botequim. Fazem sentido na hora, mas não levam a lugar algum. A diferença é o grau de álcool no sangue dos interlocutores.

Feito o mea culpa, vou comentar os assuntos pendentes. Ao menos para jogar o Paulo Betti para a parte de baixo da página.

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