Sarkozy e Paloma

Apostei numa virada de Ségolène por apostar. Ela é inconsistente e inexpressiva. O oposto do vigor oportunista de Nicolas Sarkozy. Obcecado pela presidência, carismático e conservador, Sarkozy deve conduzir uma França em constante atrito. Se enfrentar, como promete, os grandes interesses corporativos de sindicatos, funcionalismo público e demais benefícios do enorme estado francês, verá barricadas e carros queimados durante todo o seu mandato.

A França saiu-se relativamente ilesa da onda liberal dos anos 80 e 90. A pressão internacional – de bancos a organismos oficiais – para que entre no clube é enorme. Aplaudem a vitória de Sarkozy. Tem o semblante irascível e o visco de guerreiro gaulês para cerrar fileiras do liberalismo. Me parece estouvado demais para uma tarefa estouvada demais.

Em tempo: Sarkozy é descendente de pai húngaro e mãe de ascendência grega. Enquanto na França carros queimavam nas ruas em protesto contra sua vitória, desfrutava com a polêmica família que o cerca de merecido descanço no iate Paloma, em Malta.

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