Pour Ségolène

No último dia de campanha eleitoral na França, os diários “de esquerda” fizeram sua opção pela candidata socialista Ségolène Royal. Ela não é entusiasmante e foi o medo de uma repetição da derrocada que levou Jean-Marie Le Pen ao segundo turno na últimas eleições que fez dela a preferida da esquerda francesa.

Ségolène comete gafes incríveis, faz confusões com dados, agride o idioma e não é lá tão bonita assim. Seu discurso na noite em que confirmou a ida para o segundo turno foi entediante. Mostrou um sorriso limitado como suas idéias. Ao terminar com o clássico “vive la Republique, vive la France!” não sabia o que fazer, ficou estática até sair do púlpito com andar hesitante.

Ainda assim esse blog apóia a candidatura de Ségolène, fato que pode mudar totalmente o quadro eleitoral na França. É mulher, representaria o retorno efetivo dos simpáticos socialistas franceses ao poder e, sobretudo, a expectativa sobre seu governo será baixíssima. Ao contrário de Tony Blair, que chegou à 10 Downing Street com a aura de boa nova e revelou-se um fiasco, Ségolène com seu jeitão de azarona insossa terá em suas mãos um momento político único para reinventar a França. Isso é pura intuição, um chute mesmo. Quem viver verá.

3 thoughts on “Pour Ségolène

  1. “Ségolène comete gafes incríveis, faz confusões com dados, agride o idioma e não é lá tão bonita assim. Seu discurso na noite em que confirmou a ida para o segundo turno foi entediante. Mostrou um sorriso limitado como suas idéias.”

    Isso me lembra tanto o que diziam os simpatizantes de Erundina, Martha e depois Nosso querido Lula.

  2. Ségolène, nesse aspecto, de fato se parece com Lula. Erundina e Marta, cada uma a sua maneira, tem um pouco mais de consistência no discurso. Agora a prática em sim é outra coisa. Lula faz um governo médio, como todos os outros. Parece melhor do que é porque havia a possibilidade de ser uma catástrofe. Sua opção pelo continuísmo na política econômica evitou isso. No momento atual, incorre num erro na condução da política cambial que pode ser fatal.

  3. Nações hoje em dia não se podem dar ao luxo de elegerem líderes incompetentes ou pouco inteligentes e que não estejam o mínimo preparados.
    Não estamos mais na época onde os pequenos erros ao longo de um mandato (não) tem o poder de gerar consequencias extraordinárias a longo prazo. Vivemos em tempos onde erros cometidos hoje tem reflexos no agora.

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