Mikhail Gorbachov posa ao lado de uma enorme Louis Vuitton para a nova campanha da marca. Tido e havido grande estadista, não passou de um “menino de recados de Ronald Reagan” e acabou garoto propaganda de mala para novos ricos.
Maluf com seu 752 da Vulcabrás era tosco, mas tinha lá sua graça. Sempre se esbaldou no populacho, na permissividade desesperada para aparecer a qualquer custo. Queria votos. Gorbatchov só quer uns trocados por garantia. Vai pôr a grana debaixo de um colchão. Da Prada, quem sabe.
É um fim patético para quem deu um fim patético a União Soviética.
A foto da campanha é de Annie Leibovitz. Ela já fez retratos memoráveis. Como essa famosa imagem de Lennon, igualmente ao lado de uma mala.
É verdade que o fim da URSS foi patético, mas não foi trágico, como poderia ter sido. Aliás tinha tudo para ser uma Iuguslávia multiplicada por 100.
Os elementos políticos eram os mesmos. Disputas étnicas, por fronteira, resentimentos generalizados pelo domínio quase secular dos russos, açucarados por armas nucleares desaparecidas.
Talvez essa tenha sido a contrubuição do Gorba.
Abs.