Lenços vermelhos amarrados no pescoço identificam as crianças em horário de aula. No pátio da escola, a bandeira da China está hasteada. Os prédios são simples. Seis andares, com salas espartanas, em más condições mesmo. Acima do quadro negro, o poster de Mao, Lenin, Marx e mais duas figuras da revolução chinesa. Estranhamente, Lenin, posa ao centro, como um centroavante. Mao fica com a meia-esquerda e Karl Marx na extrema direita.

Livres, as crianças circulam por todos os prédios. Umas praticam esportes, outras buscam a merenda. Em pequenos grupos vão e vem organizadamente. Os mais velhos lavam suas roupas, os mais novos aguardam em suas carteiras.

Não há um adulto por perto. Nem um bedel ou monitor. Os alunos agem como se soubessem exatemente o que devem fazer e como se não houvesse nenhuma razão para não fazê-lo.

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